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sábado, 26 de outubro de 2013

Marcha das vadias - Entenda




      O movimento realiza protestos sobre violência contra a mulher e contra a ideia de que as mulheres provocam tal violência comportando-se ou vestindo-se como "vadias".
     A marcha surgiu em Toronto, Canadá, e tem sua origem em janeiro de 2011 quando ocorreram muitos casos de abuso sexual na Universidade de Toronto e o policial Michael Sanguinetti fez a observação para que as mulheres "evitassem se vestir como vadias para não serem vítimas". Assim surgiu o primeiro protestos que levou 3 mil pessoas às ruas de Toronto. 
     Desde então, a Marcha das Vadias difundiu-se pelo mundo, inclusive no Brasil. O primeiro movimento no país surgiu em São Paulo, mas não teve tanta adesão como em outros países, no entanto, o número de pessoas engajadas nessa luta não deixa de crescer a cada ano. 

 Entenda a dimensão do problema tratado: 


  Segundo pesquisas, a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. Mais desses dados indicam que 7 milhões e 200 mil mulheres com mais de 15 anos já sofreram agressões. Quanto aos homens, 8% admitem já ter agredido fisicamente uma mulher, 48% dizem ter um amigo ou conhecido que fizeram o mesmo e 25% tem parentes que agridem as companheiras.
  A pesquisa também indicou que os homens que agridem, repetem com frequência a agressão, o que demonstraria um padrão de comportamento e não uma exceção.
  Portanto, diante desses dados assustadores, é importante saber que o movimento aqui tratado não reúne mulheres para "mostrarem seus corpos" ou "chamarem atenção" - diferente disso, a marcha é um movimento feminista engajado, que tem como um de seus lemas "Nem santa, nem vadia: Mulher" e que se baseia na ideia de que as roupas que usamos não podem ser a causa da violência que sofrem ou como desculpas para serem tratadas como "objetos atrativos" e outras "ofensas" que limitam o gênero feminino, além de estimular a violência contra as mulheres. É importante ressaltar que a marcha também protesta contra o Estatuto do Nascituro e pedem pela legalização do aborto.

O feminismo, a Marcha das Vadias e a opinião da Igreja Católica:


Mulher carrega cartaz escrito
"Tirem seus rosários dos meus ovários"
  Em julho deste ano, cerca de 1,5 manifestantes participaram da Marcha das Vadias no Rio de Janeiro e muitos desses aproveitaram também para criticar a Igreja Católica.
  Representantes de organizações distribuíram uma carta aberta ao Papa Francisco pedindo por mudanças na estrutura da Igreja, como a bênção à união de casais do mesmo sexo e o  fim da condenação ao aborto.
  Nesse mesmo protesto, alguns fizeram uso da cruz para se manifestarem e até chegaram a quebrar imagens de santos, deixando milhões de pessoas indignadas com o ato. Entretanto, os organizadores do movimento não estão relacionados ao fato.
  Num estado laico, porém com predominância da religião católica é certo de que foi um afronto ofender a religiosidade e princípios de outrem, porém não pode-se pender para um único lado da situação. O motivo da marcha estar em um espaço religioso trata-se também de uma ofensa ao seus princípios e a então defesa destes. O movimento luta contra o machismo, a sociedade patriarcal, submissão da mulher à família e outros dilemas que a Igreja defende fielmente.
 Ao meu ver, nessa manifestação, ambos os princípios estavam sendo atacados numa "falta de respeito" mútua. O das mulheres que se dizem defender a igualdade de direitos entre os sexos e a Igreja que se diz defender os pontos já citados acima. Portanto, não é de todo condenável a ofensa contra o opressor, mas é condenável, sim, a falta de concordância entre direitos iguais na sociedade e a religião predominante nesta.

A imagem faz uma irônica "troca de papeis" entre
o comportamento padrão para as mulheres e de como se
encaixariam nos homens. 




A marcha apoia as mulheres numa luta que não é nova e nunca deixou de ser importante. Deve-se ter uma opinião, contra ou a favor, e posicionar-se sobre o assunto.

Por: Camila Iervese





Fontes: Globo.com/ www.dooda.com.br / gazetaonline.globo.com/ www.uol.com.br/ www.brasil.gov.com

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

As mulheres no ambiente esportivo


          A história da mulher no esporte começa com a sua proibição nos primeiros Jogos Olímpicos. Diz-se que naquela época uma mulher que queria ver seu filho participando nos jogos se vestiu com roupas masculinas, mas ao vê-lo ganhar, comemorou de tal forma que seu disfarce caiu. A participação das mulheres nos Jogos Olímpicos só foi permitida em 1900, em Paris. No Brasil, pode-se considerar que a nadadora Maria Lenk foi muito importante para a prática do esporte feminino, pois ela ajudou a divulgar a imagem da mulher praticante de esporte. Hoje podemos ver as mulheres praticando a grande maioria dos esportes mundiais, pois elas conseguiram conquistar o seu espaço. Além disso, as mulheres apresentam o mesmo nível técnico dos homens, superando-os algumas vezes, embora existam diferenças  fisiológicas. Mesmo com todas estas evoluções da mulher no mundo esportivo, ela ainda não está numa condição de vantagem em relação aos homens, pois continuam existindo muito preconceito e discriminação, principalmente desigualdade salarial entre homens e mulheres no esporte de alto rendimento. As mulheres no esporte podem muito bem ser campeãs, pois entre outras características da feminilidade, podemos destacar: FLEXIBILIDADE, COMPREENSÃO COM O TREINADOR  E ATLETAS, INTUIÇÃO, e AÇÃO.
          No contexto social, a mulher no esporte está imersa em um ambiente criado pelo e para o homem, com isso, não possuem, as “características” que facilitam a alta performance como também apenas por lazer, mas é sabido que este quadro está em transformação nos aspectos biológicos, psicossociais, culturais, entre outros, fazendo com que a mulher conquiste a possibilidade de fazer parte da expressão esportiva de um país. A mulher no esporte faz um papel fundamental na sociedade, visto que a mulher atleta modifica a forma de pensar e agir de muitos indivíduos da sociedade. Vale ressaltar que as mulheres não procuram igualdade nas modalidades, e sim, equilíbrio nos direitos.

Por André Santos

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Bahia e Salvador superam média nacional em violência contra mulher



O índice de violência contra a mulher na Bahia vem crescendo constantemente e chega a superar a média nacional. De acordo com os dados do Mapa da Violência 2012, enquanto a média de todo o país é de 4,6 assassinatos a cada 100 mil mulheres, na Bahia a taxa é de 6,1, ocupando o sexto lugar entre os estados brasileiros.

Entre as cidades brasileiras mais violentas, quatro delas estão na Bahia. É o caso de Porto Seguro, que ocupa o 3° ligar com maior número de homicídios de mulheres com uma taxa de 22,1. Na quarta posição está outra cidade baiana, Simões Filho, com taxa de 21,4. As outras cidades baianas entre as 10 são Lauro de Freitas com 20,2 e Teixeira de Freitas com 18,5.

Em Salvador as estatísticas não são diferentes e chega até ser pior quando levado em consideração os números de capitais do país. Com uma taxa de 8,3, a capital ocupa a quinta colocada em número de homicídios femininos. A média nacional e das capitais é de 5,4.





A imagem da mulher na mídia é tema de livro




Rachel Moreno, conhecida feminista e ativista pela regulamentação da mídia em nosso país, lança no próximo dia 18 de fevereiro o livro “A Imagem da Mulher na Mídia - Controle Social Comparado”, um desafio aos que chamam de censura a necessária regulamentação democrática dos meios de comunicação.

Poucos saberão melhor do que as mulheres o que é ter suas opiniões interditadas, sua participação social proibida, sua vida cerceada, sua existência invisibilizada, sua liberdade de expressão limitada. Assim como em tempos passados, a mulher ainda é subjugada atualmente, seja por fundamentalismos religiosos, ou por fundamentalismos econômicos que colocam o mercado como motor da História. Sua publicidade, o “marketing”, o “merchandising” (e tantos outros “conceitos” importados), seguem a construir a cultura dominante e os valores necessários para que o dinheiro reine e o mercado governe. E nessa cultura a mulher é mercantilizada por vários meios.
“É inegável a importância da mídia, enquanto poderosa educadora informal”, escreveu Rachel Moreno no resumo do livro. “Sua programação, conteúdo e publicidade alcançam um público maior ou menor, dependendo do meio, chegando a 98% dos lares brasileiros, no caso da televisão. As mulheres, por serem responsáveis por 85% das decisões de consumo, têm sido seu objeto preferencial”. Psicóloga de formação e pesquisadora, com anos de atuação em torno do tema Rachel conhece bem o discurso que nos mostra “o caminho do sucesso”, como ela diz. “Ele é desde cedo introjetado, passando a contribuir significativamente para a formação da nossa subjetividade, para o que queremos ser. De modo que já não precisamos ser vigiados ou punidos, nós mesmos nos cobramos a semelhança e proximidade com a imagem de sucesso que nos assombra e controla. E isso ocorre desde a mais tenra infância, com adequação para todas as faixas etárias”.
Por isso continuamos a luta por liberdade de expressão, pelo direito à comunicação, mesmo depois do fim da ditadura. E as mulheres têm sido protagonistas nesta demanda. De há muito tempo, as feministas questionam a imagem de mulher que a mídia difunde. Rachel Moreno recorda que “incomodadas com os excessos da imagem da mulher na publicidade, nas músicas, reagimos pontualmente, com mais, ou menos sucesso”. Poucas vezes tivemos vitórias, como aquela em que o Instituto Patrícia Galvão conseguiu a retirada dos bares das “bolachas” da Kaiser que diziam “mulher e cerveja especialidade da casa”, e o anunciante teve que realizar seminários sobre a publicidade e a imagem da mulher em todo o Brasil. Como cerveja parece ser um dos principais produtos a “vender-se” junto com a mulher, foram várias as denúncias. O Observatório da Mulher, organização fundada por Rachel, mantém um processo em andamento contra a campanha de 2006, “Musa do Verão”, da Skol.

Abaixo, segue um vídeo de uma entrevista com  Rachel Moreno:




Por Taiana Martinez

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Woman Is The Nigger Of The World - John Lennon e Yoko Ono


Música do casal fala sobre a Mulher


"Woman is the nigger of the world" é uma canção feita por John Lennon e Yoko Ono. O título, em tradução livre significa: ''A mulher é o escravo do mundo". A letra da música retrata situações cotidianas vividas pelas mulheres e mostram sua infeliz subordinação a uma sociedade patriarcal.
  Façamos uma breve interpretação: 


  • "Se ela não for uma escrava, dizemos que elas não nos amam" :
     Se as mulheres não fizerem o que é, de costume, seu papel na vida social (total dedicação a família), acredita-se que estas não sentem amor pela família. Por exemplo, se a mulher prefere entregar-se a profissão e decide não ter filhos, nós a julgamos e rotulamos. Esquecendo-se de que a sua capacidade de fecundidade não é uma obrigação do corpo feminino.
  • "Se ela é real, dizemos que ela está tentando ser um homem": Se não segue os requisitos encontrados em revistas femininas, masculinas, em publicidades, ou na ideia de que o seu comportamento deve ser meigo, gentil, discreto ou semelhantes, algo está errado. E ainda, principalmente, quando ela busca os seus direitos e a igualdade de valores, diz-se que está tentando ser homem ou fugindo dos padrões pré definidos. 
  • "Nós a insultamos todo dia na TV e nos perguntamos por quê lhe falta coragem ou auto-confiança":
     
    Tratadas como criaturas desejosas de matrimônio, como objetos de agrado ao homem e também objeto sexual, faz-se culto a um corpo feminino perfeito e idealizado, banaliza-o na TV e nas publicidades e traz a ideia de mulher como um ser frágil, dando sempre continuidade a cultura de fazer da mulher um objeto fraco e vulnerável. 


Confira a letra da música traduzida e a seguir a própria música:



Woman is the Nigger of the World (Tradução)

A mulher é o escravo do mundo
Sim, ela é...pense nisso
A mulher é o escravo do mundo
Pense nisso...faça algo sobre isso


Nós a fazemos pintar o rosto e dançar
Se ela não for uma escrava, dizemos que elas não nos amam
Se ela é real, dizemos que ela está tentando ser um homem
Enquanto a colocamos pra baixo, fingimos que ela está por cima


A mulher é o escravo do mundo, sim ela é
Se você não acredita, dê uma olhada em quem está contigo
A mulher é o escravo dos escravos
Ah, sim...


Nós a fazemos parir e criar nossos filhos
E depois as deixamos de lado por serem mães gordas como galinha
Nós dizemos que elas só devem ficar em casa
E depois dizemos que são muito anti-sociais para ser amigas


A mulher é o escravo do mundo, sim ela é
Se você não acredita, dê uma olhada em quem está contigo
A mulher é o escravo dos escravos
Ah, sim...


Nós a insultamos todo dia na TV
E nos perguntamos por quê lhe falta coragem ou auto-confiança
Quando jovens, tiramos delas a promessa de liberdade
Enquanto as mandamos serem pouco inteligentes, as culpamos por
serem tão burras


A mulher é o escravo do mundo, sim ela é
Se você não acredita, dê uma olhada em quem está contigo
A mulher é o escravo dos escravos
Ah, sim...se você acredita em mim, melhor gritar sobre isso


Nós a fazemos pintar o rosto e dançar
Nós a fazemos pintar o rosto e dançar
Nós a fazemos pintar o rosto e dançar"






Por: Camila Iervese


Páginas indicadas pelo blog




O grupo Sexo Frágil? indica algumas páginas que podem facilitar entendimento sobre alguns dos assuntos que abordamos no blog:




O blog da revista Carta Capital ''Feminismo pra quê?" discute temas sobre a mulher, violência, machismo e preconceito de forma diferente aos discurso da mídia.



             A página "Moça, você é machista" trata de forma dinâmica, bem estruturada, sarcástica e irônica do machismo presente na sociedade. Por ter muitas postagens e fatos que acontecem no dia a dia, o leitor machista que ainda não tem consciência disso, mas o é por fruto da sociedade, muda seu modo de vista em relação ao respeito para com a mulher.


Por: Camila Iervese

(O grupo continuará apresentando páginas e links no decorrer do processo de blog)

O Sorriso De Mona Lisa

 

 Um filme que desperta liberdade e conscientização feminina


O sorriso de Mona Lisa é um filme americano estrelado por Julia Roberts como personagem principal e que recria a atmosfera dos anos 50. A obra fala sobre o papel da mulher na sociedade, as limitações encontradas por elas, o preconceito da sociedade e até mesmo das próprias mulheres que consideram essas limitações como papeis e obrigações próprias do sexo feminino.
   No filme, a professora de artes, Katherine Watson, é convidada para ensinar no melhor

colégio feminino dos Estados Unidos - um internato com as mulheres mais inteligentes e espertas do país e, ao chegar, tem uma surpresa: O único e maior objetivo dessas talentosas mulheres era: Casar-se. 
    Indignada, Katherine (inteligente e progressista) tenta e consegue mostrar para algumas dessas garotas que elas não são limitadas por ninguém, nem por seus maridos - o que seria uma nova e forte contradição aos moldes dos anos cinquenta.
   Por fim,  filme mostra em como os costumes mudam e se adaptam aos novos modelos de sociedade e como isso é importante para a não-opressão de nenhum grupo da sociedade, nesse caso em especial, as mulheres.





Entenda o título do filmeO título do filme é baseado na obra de arte de Leonardo da Vinci, Mona Lisa, mas especialmente, no sorriso enigmático da pintura que, mesmo depois de tantos anos, ainda desperta o interesse e curiosidade de artistas e cientistas. 
  O sorriso da Mona Lisa já passou por várias interpretações, mas, no filme, ele é interpretado como um sorriso da mulher que sorri para o mundo, mas que não está verdadeiramente feliz, pois ela não quer sorrir, apenas tem de fazê-lo. 
    Essa identificação com o filme, acontece nos momentos em que as personagens se recusam a exercer seus papeis padrões da época, um grande passo que as diferencia da moça na obra de arte.


Trailer do filme:




Por: Camila Iervese


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

MULHER X MERCADO DE TRABALHO



Há menos de cem anos, a mulher não tinha direito ao voto no Brasil e por muito tempo sua presença no mercado de trabalho era praticamente uma exceção. Em pouco tempo, o dito “sexo frágil” ganhou seu espaço na sociedade e destaque no mercado de trabalho.
A mulher brasileira, sobretudo dos grandes centros urbanos, é uma profissional que, além do trabalho, administra sua casa e, não raro, estuda e encontra tempo para atividades de esporte e lazer.
Hoje as mulheres ocupam as mais diversas profissões no mercado de trabalho, como médicas, operárias, comerciantes, professoras, policiais, motoristas de ônibus, taxistas e praticamente todas as demais profissões, indiscriminadamente.
O aumento da participação feminina no mercado de trabalho tem contribuído bastante para a redução das diferenças entre homens e mulheres economicamente ativos e paralelamente constata-se o progressivo declínio do número médio de pessoas nas famílias e isso, em razão da progressiva queda da fecundidade, como consequência do crescente uso de anticoncepcionais pela mulheres que precisam trabalhar fora, pelo que não querem engravidar.
As maiores dificuldades enfrentadas por elas para a obtenção de um emprego remunerado são as que elas enfrentam quando têm filhos pequenos e precisam deixá-los com alguém que cuide deles para que elas possam trabalhar.
Nota-se, no entanto, que a presença de filhos pequenos não parece impedir a maioria das mulheres de procurar trabalho, mas dificulta o seu acesso a uma ocupação, seja por restringir sua escolha de trabalho por um local mais próximo de sua residência e/ou por um tipo de jornada de trabalho menor ou mais flexível ou, ainda, pelo lado do empregador, por preferir contratar mulheres que não possuam filhos menores.
Essa situação aponta para a necessidade de atenção por parte dos gestores de políticas públicas no sentido de ampliar-se a oferta de vagas em creches e ensino infantil, especialmente no caso das famílias que são chefiadas por mulheres.

Por : Taiana Araujo Martinez




sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Banda Nenhum de Nós explica a música ''Camila, Camila''


Thedy Côrrea explica a música de tema polêmico "Camila, Camila"


  A banda Nenhum de Nós fala sobre a sua música “Camila, Camila”, o clássico absoluto da banda e canção mais escutada em rádios no ano de 1988/89. O grupo já assumia a característica de compor músicas extensas e letras lógicas, tratando de temas sociais, relacionamento e outros.
  O cantor Thedy Côrrea explica o significado da música (violência contra a mulher) e em quem ela foi baseada. 
O vídeo a seguir mostra a explicação feita pelo cantor da música e em seguida a própria música.  


Letra:

Depois da última noite de festa
Chorando e esperando amanhecer, amanhecer
As coisas aconteciam com alguma explicação
Com alguma explicação
Depois da última noite de chuva
Chorando e esperando amanhecer, amanhecer
Às vezes peço a ele que vá embora
Que vá embora...oh...

Camila, Camila

Eu que tenho medo até de suas mãos
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega

E eu que tenho medo até do seu olhar
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega

A lembrança do silêncio daquelas tardes
Daquelas tardes
A vergonha do espelho naquelas marcas
Naquelas marcas
Havia algo de insano naqueles olhos,
Olhos insanos
Os olhos que passavam o dia a me vigiar, a me vigiar...oh...

Camila, Camila, Camila
Camila, Camila, Camila

E eu que tinha apenas 17 anos
Baixava a minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam
Era assim que eu via tudo acontecer
E eu que tinha apenas 17 anos
Baixava minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam
Era assim que eu via tudo acontecer

Camila, Camila, Camila

Camila, Camila, Camila



Por: Camila Iervese

Livro: A cidade do Sol




"A cidade do sol'' é um livro extraordinário do autor Khaled Hosseini, autor também de O caçador de Pipas, que conta a história das mulheres afegãs e suas lutas diárias.
  O livro é dividido em três partes. O primeiro capítulo (Mariam) conta a história da menina Mariam que perdeu sua mãe aos 15 anos e o homem que deveria acolhê-la, seu pai, a vendeu para um sapateiro de 45 anos de Cabul. Mariam não consegue engravidar e seu marido reclama da de sua comida e limpeza tratando-a como sua empregada ao mesmo tempo em que também é vítima de maus tratos e abuso sexual.
  O segundo capítulo (Laila) conta a história de uma outra garota que vive na mesma rua onde Mariam vive em Cabul. Laila é uma menina inteligente, filha de um professor liberal que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser". Laila possui muitos sonhos que não se limitam a casar e ter filhos, logo apaixona-se por um jovem chamado Tariq - mas este tem de partir em razão da guerra que assombra no Afeganistão. Em meio a essa guerra, uma explosão une a história dessas duas mulheres e muda o destino de ambas.
  Nessa explosão Laila perde os pais e é ''acolhida'' por Rashid, marido de Mariam. Laila, então, torna-se a segunda esposa de Rashid. 
  Neste terceiro capítulo, o livro mostra a maneira como as mulheres são tratadas como objetos, como sofrem violência doméstica e como não tem voz para escapar desses dilemas, pois a própria sociedade as cala de diversas maneiras, como atribuindo à mulher funções, simplesmente por serem do sexo feminino, aceitando tanto a sua "fragilidade" quanto o seu não cumprimento de funções como justificativa para os problemas, preconceitos e violência pela qual esta tem de passar. 
  Mas, trata em específico, do que as mulheres afegãs enfrentam. Caladas pelo fundamentalismo religioso e do totalitarismo medieval dos talibãs, a maioria dessas mulheres casam-se ainda crianças compradas por pretendentes ou por escolha da família. Para elas, qualquer lugar onde se encontre uma aglomeração masculina é impróprio. Também são maltratas quando desobedecem família e maridos e em alguns casos recorrem para autoimolação - ou seja, tentam o suicídio ateando fogo ao corpo. O que é um bom exemplo para compreender a magnitude da censura e maus tratos que essas mulheres (e de algumas outras nacionalidades) sofrem.  
  Uma história muito interessante que faz repensar se na sociedade todos tem os mesmos direitos e voz... Bom, resposta fica clara durante todo o livro. 



  
Capa do livro "A cidade do Sol"

Por: Camila Iervese

 
Copyright © 2013 Sexo frágil?