“Não pode ser seu amigo
quem exige seu silêncio” - frase da escritora
norte americana Alice Walker. Com medo de
influenciar na vida dos filhos por conta de ameaças e até por conta da
baixíssima alto estima que as vítimas de violência são submetidas, o silêncio
se torna o maior inimigo dessas mulheres que sem a proteção necessária, acabam
por sofrer novos atos violentos que muitas vezes terminam com a morte.
Segundo dados
estatísticos da superintendência de política para as mulheres de Salvador, no
Brasil 70% dos crimes contra mulheres acontecem no âmbito doméstico e os
agressores são os maridos ou companheiros. A cada minuto quatro mulheres são
espancadas por um homem com quem mantém ou manteve uma relação afetiva.
Quando analisamos os dados referentes a
Cidade de Salvador vislumbramos um cenário aterrador. A Delegacia Especial de
Atendimento a Mulher da Capital Baiana, registrou 8.875 ocorrências em 2007 e
7.520 ocorrências em 2008, o que abrange desde ameaças até lesões corporais,
espancamentos, estupros, dentre outros.
Os
também 98% de mortes de recém-nascidos ocorridos em Salvador poderiam ser
evitadas através de um maior acesso às
informações, da utilização de métodos contraceptivos e de um pré-natal de
qualidade. Os dados da pesquisa mostram
que as mães soteropolitanas que perdem seus recém nascidos são em sua maioria jovens, de baixa escolaridade, em sua
maioria negras, ocupadas em atividades como faxineiras, trabalhadoras
domésticas, manicures, dentre outras profissões, residentes principalmente no
Subúrbio Ferroviário e no Cabula-Beiru.
Por: Rafael Vasconcelos
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