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domingo, 24 de novembro de 2013

Os altos índices de violência contra mulher em Salvador

  


“Não pode ser seu amigo quem exige seu silêncio” - frase da escritora norte americana Alice Walker. Com medo de influenciar na vida dos filhos por conta de ameaças e até por conta da baixíssima alto estima que as vítimas de violência são submetidas, o silêncio se torna o maior inimigo dessas mulheres que sem a proteção necessária, acabam por sofrer novos atos violentos que muitas vezes terminam com a morte.
  Segundo dados estatísticos da superintendência de política para as mulheres de Salvador, no Brasil 70% dos crimes contra mulheres acontecem no âmbito doméstico e os agressores são os maridos ou companheiros. A cada minuto quatro mulheres são espancadas por um homem com quem mantém ou manteve uma relação afetiva.
  Quando analisamos os dados referentes a Cidade de Salvador vislumbramos um cenário aterrador. A Delegacia Especial de Atendimento a Mulher da Capital Baiana, registrou 8.875 ocorrências em 2007 e 7.520 ocorrências em 2008, o que abrange desde ameaças até lesões corporais, espancamentos, estupros, dentre outros.

 Os também 98% de mortes de recém-nascidos ocorridos em Salvador poderiam ser evitadas através de um maior acesso às informações, da utilização de métodos contraceptivos e de um pré-natal de qualidade. Os dados da pesquisa mostram que as mães soteropolitanas que perdem seus recém nascidos são em sua maioria  jovens, de baixa escolaridade, em sua maioria negras, ocupadas em atividades como faxineiras, trabalhadoras domésticas, manicures, dentre outras profissões, residentes principalmente no Subúrbio Ferroviário e no Cabula-Beiru.


Por: Rafael Vasconcelos

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