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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A questão do aborto



 Negado por uns e defendido por outros, a legalização do aborto é bastante discutida atualmente no Brasil, já que além de uma questão social, passou a ser - com o alto número de mortes e procedimentos mal sucedidos – questão de saúde pública e uma medida contra a desigualdade social.
   São muito comuns os comentários de que a legalização do aborto vai aumentar o número de seus procedimentos, porém, baseando-se nos dados feitos no Uruguai – após a legalização do aborto no final de 2012 – provam-se o contrário. Verificam-se quedas significativas tanto no número de mortes maternas quanto no número de abortos (que saiu de 33 mil para 4 mil). Isso porque, além da descriminalização, o
Uruguai aplicou uma política social exemplar apresentada na imagem ao lado (Educação sexual para decidir, anticonceptivos para não abortar e aborto legal para não morrer). 
  É preciso ter em mente que o aborto e a gravidez indesejada fazem parte de uma realidade em que os fins trágicos ficam, na maioria das vezes, destinados às mulheres mais pobres e que também estão à margem da lei. Por isso, a legalização do aborto é uma medida de proteção ao direito de escolha sobre o próprio corpo e principalmente o direito a saúde das mulheres que escolhem pela interrupção da gravidez.

  Ser contra o aborto não é ser contra a prática deste, já que essa não vai deixar de existir por meio da criminalização, mas ser contra o aborto é, na verdade, permitir que as mulheres tenham um sofrimento desnecessário e/ou morte  numa situação em que provocam o aborto em si mesma ou fazem-no com pessoas sem formação médica, aumentando os riscos de saúde devido a complicações. 










Por: Camila Iervese










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