Negado por uns e defendido por outros, a legalização do
aborto é bastante discutida atualmente no Brasil, já que além de uma questão
social, passou a ser - com o alto número de mortes e procedimentos mal
sucedidos – questão de saúde pública e uma medida contra a desigualdade social.
São muito comuns os comentários de que a
legalização do aborto vai aumentar o número de seus procedimentos, porém,
baseando-se nos dados feitos no Uruguai – após a legalização do aborto no final
de 2012 – provam-se o contrário. Verificam-se quedas significativas tanto no
número de mortes maternas quanto no número de abortos (que saiu de 33 mil para
4 mil). Isso porque, além da descriminalização, o
Uruguai aplicou uma política social exemplar apresentada na imagem ao lado
(Educação sexual para decidir, anticonceptivos para não abortar e aborto legal
para não morrer).
É preciso ter em mente que o aborto e a gravidez indesejada fazem parte
de uma realidade em que os fins trágicos ficam, na maioria das vezes,
destinados às mulheres mais pobres e que também estão à margem da lei. Por
isso, a legalização do aborto é uma medida de proteção ao direito de escolha
sobre o próprio corpo e principalmente o direito a saúde das mulheres que
escolhem pela interrupção da gravidez.
Por: Camila Iervese
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