"A cidade do sol'' é um livro extraordinário do autor Khaled
Hosseini, autor também de O caçador de Pipas, que conta a história das
mulheres afegãs e suas lutas diárias.
O livro é dividido em três
partes. O primeiro capítulo (Mariam) conta a história da menina Mariam
que perdeu sua mãe aos 15 anos e o homem que deveria acolhê-la, seu pai, a
vendeu para um sapateiro de 45 anos de Cabul. Mariam não consegue engravidar e seu marido reclama da de sua comida e limpeza tratando-a como sua empregada ao
mesmo tempo em que também é vítima de maus tratos e abuso sexual.
O segundo capítulo (Laila)
conta a história de uma outra garota que vive na mesma rua onde Mariam vive em Cabul. Laila é uma menina inteligente, filha de um professor liberal
que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser". Laila possui muitos sonhos que não se limitam a casar e ter filhos, logo apaixona-se
por um jovem chamado Tariq - mas este tem de partir em razão da guerra que assombra no Afeganistão.
Em meio a essa guerra, uma explosão une a história dessas duas mulheres e muda
o destino de ambas.
Nessa explosão Laila perde os
pais e é ''acolhida'' por Rashid, marido de Mariam. Laila, então, torna-se a
segunda esposa de Rashid.
Neste terceiro capítulo, o livro mostra a
maneira como as mulheres são tratadas como objetos, como sofrem violência
doméstica e como não tem voz para escapar desses dilemas, pois a própria
sociedade as cala de diversas maneiras, como atribuindo à mulher funções, simplesmente por serem do sexo feminino, aceitando tanto a sua "fragilidade" quanto o seu não cumprimento de funções como justificativa para os problemas, preconceitos e violência pela qual esta tem de passar.
Mas, trata em específico, do que as mulheres afegãs enfrentam. Caladas pelo fundamentalismo religioso e do totalitarismo medieval dos talibãs, a maioria dessas mulheres casam-se ainda crianças compradas por pretendentes ou por escolha da família. Para elas, qualquer lugar onde se encontre uma aglomeração masculina é impróprio. Também são maltratas quando desobedecem família e maridos e em alguns casos recorrem para autoimolação - ou seja, tentam o suicídio ateando fogo ao corpo. O que é um bom exemplo para compreender a magnitude da censura e maus tratos que essas mulheres (e de algumas outras nacionalidades) sofrem.
Uma história muito interessante que faz repensar se na sociedade todos tem os mesmos direitos e voz... Bom, resposta
fica clara durante todo o livro.
Por: Camila Iervese
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