Há menos de cem anos, a mulher não tinha
direito ao voto no Brasil e por muito tempo sua presença no
mercado de trabalho era praticamente uma exceção. Em pouco tempo, o dito
“sexo frágil” ganhou seu espaço na sociedade e destaque no mercado de trabalho.
A mulher brasileira,
sobretudo dos grandes centros urbanos, é uma profissional que, além do
trabalho, administra sua casa e, não raro, estuda e encontra tempo para
atividades de esporte e lazer.
Hoje as mulheres ocupam as
mais diversas profissões no mercado de trabalho, como médicas, operárias,
comerciantes, professoras, policiais, motoristas de ônibus, taxistas e
praticamente todas as demais profissões, indiscriminadamente.
O aumento da participação
feminina no mercado de trabalho tem contribuído bastante para a redução das
diferenças entre homens e mulheres economicamente ativos e paralelamente
constata-se o progressivo declínio do número médio de pessoas nas famílias e
isso, em razão da progressiva queda da fecundidade, como consequência do
crescente uso de anticoncepcionais pela mulheres que precisam trabalhar fora,
pelo que não querem engravidar.
As maiores
dificuldades enfrentadas por elas para a obtenção de um emprego remunerado são
as que elas enfrentam quando têm filhos pequenos e precisam deixá-los com
alguém que cuide deles para que elas possam trabalhar.
Nota-se, no entanto,
que a presença de filhos pequenos não parece impedir a maioria das mulheres de
procurar trabalho, mas dificulta o seu acesso a uma ocupação, seja por
restringir sua escolha de trabalho por um local mais próximo de sua residência
e/ou por um tipo de jornada de trabalho menor ou mais flexível ou, ainda, pelo
lado do empregador, por preferir contratar mulheres que não possuam filhos
menores.
Essa situação
aponta para a necessidade de atenção por parte dos gestores de políticas
públicas no sentido de ampliar-se a oferta de vagas em creches e ensino
infantil, especialmente no caso das famílias que são chefiadas por mulheres.
Por : Taiana Araujo Martinez
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